quarta-feira, 24 de julho de 2013

Mais espaço para dançar: novos lugares e mídias da dança contemporânea

O evento sobre videodança "Mais espaço para dançar: novos lugares e mídias da dança contemporânea "aconteceu dia 11 de julho no Estúdio Ponto Azul, recebendo a visita de profissionais da área e artistas interessados no assunto. 

Os convidados, após prestigiarem vídeos emblemáticos na construção deste gênero multimidiático, discutiram questões relativas à linguagem e estética do videodança, enfatizando o caminho de mão dupla que foi a relação histórica entre cinema e coreografia.


Loïe Fuller. Gravação feita em 1986 pelos irmãos Lumière

 Nos primórdios das pesquisas cinematografias se buscava captar e documentar o movimento. A dança, portanto, foi um tema amplamente explorado nas primeiras filmagens, inaugurando sua relação com a sétima 
arte.

 Ainda imatura e com suas fronteiras indistintas, a arte cinematográfica foi aos poucos definindo a sua linguagem e os seus recursos. Já em 1906 a pesquisa coreográfica foi usada enquanto um modo de criar efeitos especiais, pelo diretor espanhol Segundo Chomon no seu vídeo Os Kirikis acrobatas japoneses.




 Hoje em dia o caminho é inverso. As especificidades e os recursos da fotografia e do cinema estão enriquecendo as artes coreográficas. O que difere o videodança de uma dança filmada começa na própria concepção da dança, que passa a seguir uma outra lógica pois é feita para a realidade da câmera e seu recursos técnicos: o zoom, stop motion, enquadramentos diversos, cortes, aceleramentos e câmera lenta. Um exemplo deste tipo de vídeo é o trabalho de Daniel Wiroth (coreografia de Lionel Hoche).




Vale a pena conferir também o vídeo Acroman do coreógrafo Philippe Decouflée, que, inspirado nas experiências cinematográficas de Segundo Chomon, fez uma pesquisa coreográfica na qual seus bailarinos-acrobatas simulam a verticalidade com perfeita verossimilhança, apesar de estarem, assim como os Kirikis de Chomon, deitados na horizontal.




terça-feira, 9 de julho de 2013


Mais espaço para dançar: novos lugares e midias da dança contemporânea


Para formar uma rede de contatos entre pessoas interessadas em projetos de dança e multimídia, além de promover o diálogo artístico e a vontade de explorar novas possibilidades, alugares e recursos midiáticos para as artes coreográficas, o encontro "Mais espaço para dançar: novos lugares e mídias da dança contemporânea" será realizado no estúdio Ponto Azul, dia 11 de julho.
Será ministrada uma aula sobre o gênero multimidiático 'videodança' acompanhada de uma breve exibição de trabalhos e da abertura de um espaço para discussão e troca de idéias.

O encontro será gratuito e não há pré-requisitos para participação.
Pode ser especialmente interessante para bailarinos, coreógrafos, músicos, atores e artistas plásticos, além de estudantes de cinema e comunicação visual