"Essa cidade que foi
iconizada por uma obra de arte pública, o Cristo Redentor (...) precisa ter uma
atitude positiva que estimule a criatividade e o diálogo entre culturas
distintas."
Este discurso do curador Marcelo
Dantas introduz brilhantemente a proposta da exposição de arte urbana que se
iniciou no dia 7 de setembro.
Nome da cidade do Rio lido
de trás para frente, OiR é um projeto bienal a ser apresentado até as Olimpíadas
de 2016.
O ótimo e imperdível site da mostra http://www.oir.art.br/ , apresenta a proposta mapas e os
artistas de prestígio internacional convidados para criar obras para a paisagem
urbana do Rio de Janeiro.
Visitei todos os trabalhos só faltando um que
será apresentado em outubro nos Arcos da Lapa.
“Olhar nos meus sonhos” (Awilda) do espanhol
Jaume Plensa foi meu preferido.
Sua instalação no local me incomodou um pouco
menos que aos integrantes do movimento Fora, Cabeção!
Preferível Awilda flutuando ao esgoto na
poluída e interditada praia de Botafogo.
A obra poderia ser colocada em qualquer local
porque cabeça elíptica é linda!
Para os pedestres a mudança é muito sutil, mas
em movimento, do carro ou da bicicleta, a forma vai se alterando e revelando sua
beleza e serenidade.
Dispensáveis as justificativas de que a forma
elíptica da cabeça acompanha a forma do Pão de Açúcar blá, blá, blá...
Ela é linda por si mesma.
Não precisa de moldura.
Só de distância e movimento.
Muito Urbana.